A Polícia Civil de São Paulo identificou nesta quarta-feira (23) o homem suspeito de assassinar a estudante Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, na Zona Leste da capital. Esteliano José Madureira, de 43 anos, foi reconhecido a partir de um retrato falado gerado com uso de inteligência artificial, baseado em imagens de câmeras de segurança.
Bruna estava desaparecida desde 13 de abril, após sair da estação Itaquera do metrô. Seu corpo foi encontrado no dia 17, em um estacionamento próximo, com sinais de violência, queimaduras e asfixia por estrangulamento, segundo laudo preliminar. A polícia acredita que ela foi abordada e levada à força pelo suspeito, que seria morador da região, mas não teria qualquer vínculo com a vítima.
A prisão temporária de Esteliano já foi solicitada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), e a Justiça deve decidir sobre o pedido. Na noite de terça-feira (22), a polícia realizou uma operação para capturá-lo, sem sucesso até o momento.
Bruna era formada em História pela USP e tinha concluído mestrado em História Social. Recentemente, havia sido aprovada em outro mestrado, voltado para mudanças sociais e participação política. Ela deixa um filho de 7 anos.
Emocionada, a mãe da estudante, Simone da Silva, lamentou a perda: “Minha filha sempre lutou contra a violência contra a mulher. Morreu exatamente como mais temia. E eu me pergunto: ‘por que não fui eu?’”.
A USP, por meio da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), manifestou pesar pela morte da aluna.