famílias de crianças com microcefalia pedem pensão vitalícia após veto presidencial

famílias de crianças com microcefalia pedem pensão vitalícia após veto presidencial

Famílias de crianças com deficiência causada pelo vírus Zika realizaram um protesto na Avenida Paralela, em Salvador, neste fim de semana. A mobilização teve como objetivo pressionar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a rever o veto à pensão vitalícia que havia sido proposta para atender às vítimas.

Raniele Nascimento, presidente do Instituto Abraço Microcefalia, destacou a gravidade da situação enfrentada pelas famílias. “Queremos que o presidente veja que nossas crianças precisam desse suporte. Infelizmente, só na semana passada, registramos cinco óbitos. Como ficará nossa situação se as crianças continuam a falecer sem o apoio necessário?”, questionou Raniele, em tom de apelo.

Antes da Medida Provisória (MP) publicada pelo governo, as famílias tinham direito a uma pensão vitalícia equivalente ao teto máximo do RGPS (Regime Geral de Previdência Social), somada a uma indenização de R$ 50 mil, sem incidência de impostos, além de direitos como o 13º salário.

Com o veto presidencial, o benefício foi limitado a uma indenização única de R$ 60 mil e a manutenção do Benefício de Prestação Continuada (BPC), vinculado ao INSS. Segundo o governo, a decisão de vetar a pensão vitalícia foi motivada pela ausência de uma estimativa de impacto orçamentário e pelo caráter contínuo do gasto.

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