Brasileiros deportados dos EUA relatam agressões, humilhação e medo;confira
Publicado em 26 de janeiro de 2025 às 11:15
Os primeiros brasileiros deportados dos Estados Unidos após a posse de Donald Trump como presidente desembarcaram na noite deste sábado (25) no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins. Relatos dramáticos apontam para o tratamento degradante recebido durante todo o processo de deportação, incluindo agressões, condições desumanas e falhas no avião utilizado.
Sandra Pereira de Souza, de 36 anos, seu marido Alisdete Gonçalves dos Santos, de 49, e seus dois filhos pequenos estavam entre os deportados. Segundo Sandra, eles foram enganados ao serem convocados para uma suposta reunião com agentes de imigração. “Foi uma tortura desde que saímos da Louisiana. O avião apresentou problemas e nos sentimos abandonados”, desabafou.
Vários dos 88 brasileiros contaram que foram algemados e agredidos. Carlos Vinícius de Jesus, de 29 anos, afirmou que agentes de imigração foram agressivos ao longo de toda a trajetória. “Eles disseram que iam deixar o avião cair e nos trataram como se não fôssemos seres humanos”, contou. Segundo Carlos, a violência era dirigida especialmente aos homens.
Diante das denúncias, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, determinou a retirada das algemas e do transporte humanizado em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) entre Manaus e Belo Horizonte.
Deportados como Sandra e Alisdete, que viveram nos EUA há mais de três anos, afirmaram que deixaram tudo para trás: casa, carro e uma empresa. Agora de volta ao Brasil, eles buscam reconstruir suas vidas, enquanto relatam o trauma da deportação.
Carlos, por sua vez, expressou alívio em retornar ao país, mesmo depois de gastar US$ 30 mil na tentativa de imigração ilegal pelo México. “Apesar de tudo, estou feliz por estar em casa”, concluiu.
Informações do portal G1*