A Universidade Federal da Bahia (UFBA) enfrenta uma grave crise financeira no início de 2025, que já afeta diretamente seus serviços e a rotina dos estudantes. Na semana passada, um comunicado surpreendeu a comunidade acadêmica ao anunciar a suspensão temporária do Restaurante Universitário (RU) em Ondina, um dos principais polos de alimentação para estudantes da capital baiana.
A reitoria atribui o colapso à demora na aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA), sancionada apenas em 11 de abril, e à redução dos repasses mensais determinados pelo Decreto nº 12.416, publicado em março. A medida cortou o valor mensal liberado para custeio das instituições federais, reduzindo de 1/12 para 1/18 do orçamento total — uma mudança que impacta diretamente despesas discricionárias como bolsas, manutenção, serviços e contratos terceirizados.
Segundo a UFBA, o orçamento deste ano já começou abaixo do necessário, refletindo uma dificuldade enfrentada por todo o sistema federal de ensino superior. Até agora, a universidade recebeu apenas 27,8% da verba de custeio prevista, valor que precisa ser estendido até o final de maio — enquanto novas despesas estão proibidas.
Apesar da situação crítica, a reitoria afirma que tem priorizado o pagamento de bolsas estudantis, auxílios e contratos essenciais, e garante que esforços estão sendo feitos para evitar a interrupção de serviços acadêmicos. A expectativa é que, com a liberação dos limites de empenho a partir de maio, a normalização comece a ser possível.
“A UFBA prioriza os pagamentos de despesas de custeio da assistência estudantil, das bolsas e auxílios. Além disso, todo o esforço possível tem sido feito para evitar a suspensão de contratos e serviços essenciais e para a manutenção das atividades acadêmicas”, declarou a instituição.