Um dia de lazer à beira-mar se transformou em uma tragédia para o adolescente Paulo Victor Ferreira, de 16 anos. No dia 19 de janeiro, enquanto se divertia com amigos na Praia da Costa, em Vila Velha (ES), o jovem foi surpreendido por uma onda, caiu de frente em um banco de areia e sofreu uma grave lesão na coluna cervical. O impacto comprometeu a medula espinhal na altura da vértebra C5, resultando em tetraplegia.
Desde o acidente, Paulo Victor perdeu completamente os movimentos dos braços e pernas. Ele passou 31 dias internado na UTI do Hospital de Urgência e Emergência de Vitória, onde enfrentou complicações como infecção pulmonar e risco de parada cardíaca.
A família, que vive em Cariacica, na Grande Vitória, enfrenta agora a difícil missão de garantir tratamento contínuo e especializado para o jovem. A mãe, Simone Ferreira, precisou deixar o trabalho para se dedicar aos cuidados do filho, que necessita de assistência integral.
Segundo a irmã do adolescente, Angélica Ferreira, o atendimento público ainda é limitado. Paulo conta atualmente apenas com sessões de fisioterapia domiciliar custeadas pela família. A busca por tratamento em instituições públicas tem enfrentado obstáculos. O Centro de Reabilitação Física do Espírito Santo (Crefes) chegou a recusar inicialmente o atendimento por ele ser menor de idade e estar com uma pequena ferida na pele.
Após pressão da família e mobilização nas redes sociais, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou que Paulo foi avaliado no Crefes no dia 17 de abril. O adolescente tem consultas agendadas com especialistas nas próximas semanas: urologista (15/05), ortopedista (22/05) e neurologista (16/07).
Já a Prefeitura de Cariacica informou que emitiu laudos para o fornecimento de fraldas, indicou orientações nutricionais e programou o transporte do paciente para os atendimentos.