A gigante chinesa do fast-fashion Shein reajustou os preços de seus produtos nos Estados Unidos de roupas a utensílios domésticos às vésperas da aplicação de novas tarifas sobre pequenos pacotes. O movimento antecipa o impacto da guerra comercial nas prateleiras americanas. Informações utilizadas do portal o Globo.
Segundo dados da Bloomberg News, a maioria dos aumentos aconteceu na sexta-feira (26), com reajustes mais expressivos em determinadas categorias. O preço médio dos 100 principais produtos de beleza e saúde, por exemplo, saltou 51% em comparação ao dia anterior. Em casa, cozinha e brinquedos, o acréscimo médio ultrapassou 30%, liderado por um aumento de 377% no preço de um conjunto de panos de cozinha. Já nas roupas femininas, a alta foi mais moderada, de cerca de 8%.
O aumento ocorre no contexto da decisão do governo dos EUA de encerrar a chamada isenção “de minimis”, que permitia a entrada de mercadorias avaliadas em até US$ 800 sem a cobrança de tarifas. A partir de 2 de maio, produtos vindos da China continental e Hong Kong enfrentarão tarifas de até 120%. Posteriormente, em junho, o limite para isenção será reduzido para US$ 100.
Em resposta, Shein e outras plataformas como Temu viram as vendas dispararem em março e abril, impulsionadas por consumidores que correram para estocar produtos antes da alta de preços. De acordo com a Bloomberg, a Shein aumentou em média 10% os preços nos EUA entre 24 e 26 de abril, em comparação a períodos anteriores. No Reino Unido, em contraste, os preços permaneceram estáveis.
A Shein, que também ofereceu incentivos para fornecedores migrarem parte da produção para o Vietnã, busca mitigar os impactos da política tarifária adotada inicialmente no governo de Donald Trump e agora reforçada. Apesar dos ajustes, muitos produtos ainda são retirados do catálogo americano. Informações do portal o Globo.