Uma operação da Receita Federal realizada na manhã desta terça-feira (15) resultou na apreensão de garrafas de vinho e uísque contrabandeadas em um estabelecimento na Rua Barão de Ladário, no bairro do Brás, em São Paulo. Além de bebidas sem procedência, foram encontradas mercadorias comercializadas sem registro nos órgãos competentes.
O contrabando e o descaminho de bebidas alcoólicas representam um grave problema no Brasil, provocando um rombo bilionário nos cofres públicos, trazendo graves prejuízos às empresas que operam legalmente e colocando em circulação produtos sem qualquer controle de origem e qualidade. “Bebidas alcoólicas que entram no país sem passar por controle sanitário, não possuem garantia de qualidade, oferecem riscos e representam uma concorrência desleal”, alerta Cristiane Foja, presidente-executiva da Associação Brasileira de Bebidas (ABRABE).
Além de prejudicar a economia, as bebidas contrabandeadas e descaminhadas comprometem a experiência de consumo. No caso dos vinhos, por exemplo, o armazenamento e o transporte sem o cuidado necessário alteram as características da bebida, comprometendo aroma, sabor e qualidade. É o que os especialistas chamam de “vinho cozido”.
Há décadas, a ABRABE atua de forma ativa no enfrentamento ao mercado ilegal, por meio de campanhas de conscientização e treinamentos técnicos para as frentes de repressão como Receita Federal, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal e PROCONs. As capacitações ajudam agentes públicos a identificar, com rapidez, bebidas adulteradas, falsificadas, contrabandeadas ou descaminhadas. Nos últimos cinco anos, mais de 1,5 milhão de garrafas ilegais chegaram ao conhecimento da entidade e foram apreendidas em ações de repressão.