Banco é condenado a pagar R$ 30 mil para funcionária chamada de ‘Smurfette’ e demitida grávida na Bahia
Publicado em 22 de novembro de 2024 às 10:03
O Banco Bradesco foi condenado a pagar R$ 30 mil de indenização para uma funcionária que teria sido vítima de discriminação por ser mulher, em uma agência de Salvador. A decisão foi divulgada pelo Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA) nesta quinta-feira (21).
Segundo o órgão, além de chamar a trabalhadora de “Smurfette”, o gerente-geral da unidade, cujo nome não foi detalhado, sugeria aplicar injeções de anticoncepcional nas mulheres que trabalhavam na unidade durante “brincadeiras”.
A denunciante, que não teve nome divulgado, foi demitida enquanto estava grávida. Ela relatou que ouvia comentários sobre o marido supostamente estar em um relacionamento extraconjugal. Além de pedir o reconhecimento do período onde teria estabilidade pela gravidez, a funcionária também solicitou indenização por dano moral pelas ofensas sofridas.
O caso foi julgado pela 20ª Vara do Trabalho de Salvador. A juíza Alice Pires garantiu o direito à estabilidade, afirmando que a bancária “já estava grávida antes do fim do contrato, considerando a integração do aviso prévio indenizado de 60 dias”, gerando efeitos financeiros.
Sobre o dano moral, a juíza destacou os relatos de cobranças excessivas, constrangimentos e humilhações, destacando um testemunho apontado no caso.