Natural de Aracaju, presidente do TJ-BA é governadora da Bahia durante viagem de Jerônimo à Europa
Publicado em 13 de maio de 2024 às 11:51
A posse da presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Cynthia Maria Pina Resende, como governadora interina da Bahia aconteceu no sábado (11), em um ato no Centro de Operações e Inteligência da Secretaria de Segurança Pública, no CAB, em Salvador.
Natural de Aracaju, em Sergipe, Cinthya Maria assume o governo estadual por causa da ausência do governador Jerônimo Rodrigues (PT), que está em viagem institucional na Europa durante 10 dias.
Pela lei, o vice-governador Geraldo Júnior (MDB) é o substituto imediato. Mas ele renunciou à possibilidade para se dedicar às eleições municipais de outubro deste ano, já que seria o pré-candidato da base do governo.
O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), deputado Adolfo Menezes (PSD), seria o próximo na linha sucessória, mas ele também optou por não assumir o cargo por motivo político. Isso porque a esposa o presidente, Denise Menezes, é pré-candidata à Prefeitura de Campo Formoso, no norte do estado.
A Constituição Federal, no artigo 14, parágrafo 7º, declara inelegível o cônjuge de governador ou de quem o haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito.
Diante dos acontecimentos, a sergipana Cynthia Maria Pina Resende, como Presidente do Tribunal de Justiça, herdou o posto interinamente.
Trajetória da desembargadora
Natural de Aracaju, no estado de Sergipe, e graduada em Direito pela Universidade Católica do Salvador (Ucsal), Cyntia Maria Pina Resende foi aprovada em concurso público para o cargo de juiz do TJ-BA, em 1984, e iniciou a carreira na Comarca de Brejões. Atuou na Vara Cível de Cícero Dantas e na Vara Crime de Ipirá.
Entre 1992 e 1997, exerceu funções nos Juizados Especiais de Defesa do Consumidor da capital, assumindo, na sequência, a titularidade da 1ª Vara Especializada de Defesa do Consumidor da Comarca de Salvador e depois da 64ª Vara de Substituições da capital baiana. Integrou o TRE-BA na classe de juiz de direito por dois biênios: 2006/2008 e 2008/2010.
Em 2010, foi promovida para o 2º grau pelo critério de merecimento. No biênio 2016/2018, assumiu a Corregedoria das Comarcas do Interior. Exerceu função na Quarta Câmara Cível, Seção de Direito privado, Seções Cíveis Reunidas e Tribunal. Presidiu a Comissão de Reforma Judiciária, Administrativa e Regimento Interno, e foi Coordenadora de Apoio ao Primeiro Grau e do Grupo de Trabalho da Linguagem Simples no TJ-BA.
Como Coordenadora de Apoio ao Primeiro Grau, a desembargadora esteve à frente da instalação de salas passivas nas comarcas do Estado da Bahia. O TJ-BA já realizou mais de 7 mil atendimentos por meio das salas passivas de videoconferência. As unidades começaram a ser implantadas em junho de 2022. Com informações do G1 Bahia.