Operação Falsas Promessas: Polícia detalha prisão de rifeiros, influenciadores e PMs; R$ 500 milhões foram bloqueados

O diretor da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), delegado Fábio Lordelo, detalhou nesta quarta-feira (9) os desdobramentos da segunda fase da Operação Falsas Promessas, deflagrada nas primeiras horas do dia. A ação resultou na prisão de 23 pessoas, incluindo influenciadores digitais e policiais militares.

Em coletiva realizada no Centro de Operações Integradas (COI), Lordelo explicou que a operação é uma continuação da fase iniciada em 2024. Na ocasião, o foco era o combate ao tráfico de drogas, mas as investigações revelaram a existência de um segundo braço criminoso voltado à promoção de rifas ilegais na internet, muitas vezes ligadas ao esquema principal.

“Essa organização criminosa atuava inicialmente no tráfico de entorpecentes, mas identificamos que outro grupo criminoso se comunicava com essa estrutura. É justamente o grupo dos rifeiros, que movimentavam somas milionárias de forma irregular”, detalhou o delegado.

A investigação resultou no bloqueio de R$ 500 milhões em bens e valores, conforme autorização do Poder Judiciário. Segundo Lordelo, as informações foram obtidas com base em dados do Banco Central e envolvem, além de contas bancárias, veículos e outros bens de alto valor.

“O Judiciário autorizou a apreensão e bloqueio de mais de R$ 500 milhões. Ainda estamos analisando os valores efetivamente bloqueados. Também apreendemos veículos e bens diversos. Dos 23 presos, nove têm envolvimento direto com o núcleo dos rifeiros — entre eles, seis policiais militares que já foram encaminhados à Corregedoria”, afirmou.

A operação ocorreu simultaneamente em diversas cidades da Bahia, incluindo Salvador, Camaçari, Santo Antônio de Jesus, São Felipe, Nazaré e Vera Cruz. A ação mobilizou diferentes unidades da Polícia Civil da Bahia, não apenas o Departamento de Repressão ao Crime Organizado.

Com as prisões, a polícia espera desarticular completamente a organização criminosa responsável por movimentar ilegalmente milhões de reais por meio de rifas online, muitas das quais tinham sorteios fraudados e prêmios direcionados a membros da própria quadrilha. informações do portal BNews.