Banco ilegal na Bahia é acusado de fraude em até R$ 5,8 milhões
Publicado em 18 de abril de 2024 às 17:28
Um suposto banco denominado ‘Banco Agro’, localizado em Luis Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia, está enfrentando acusações de golpe por parte de clientes e investidores. A empresa, que oferecia serviços financeiros sem autorização do Banco Central, está agora sob escrutínio judicial devido a alegações de prejuízos que podem chegar a R$ 5,8 milhões.
A responsabilidade pela operação do banco é de Ruy Rodrigues, que tem um histórico de estelionato desde 2004, utilizando documentos falsos para se passar por advogado, embora não possuísse registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O Banco Agro, além da sua sede na Bahia, estabeleceu unidades em Fortaleza e Sorriso, Mato Grosso, visando principalmente produtores rurais, prometendo empréstimos atrativos e oportunidades de investimento e financiamento. No entanto, segundo relatos, a empresa não possuía a autorização necessária do Banco Central para operar no setor financeiro. Atualmente, os proprietários estão enfrentando processos judiciais por suspeita de golpe contra clientes e investidores.
As investigações em curso, mantidas em sigilo, podem revelar prejuízos ainda maiores. Em Sorriso (MT), dois empresários moveram um processo buscando a restituição de R$ 1 milhão, alegando que o valor foi investido em contas fictícias. Recentemente, em abril deste ano, um produtor rural também afirmou ter sido vítima do Banco Agro e iniciou uma ação exigindo a devolução de R$ 401 mil pela empresa.
Falso advogado
Ruy Rodrigues, conhecido por se apresentar como advogado utilizando a carteira da OAB do pai, enfrentou problemas legais anteriormente, inclusive uma prisão em 2009 em Salvador, quando tentou fugir de um apartamento no Rio Vermelho. Ele também foi acusado de usar CPFs falsos e de não pagar mensalidades escolares para o filho.
Além do Banco Agro, Ruy se envolveu em outras empresas, como Investe Agro, Agro Nutri Brasil, Grupo Boi Forte, e Jatobá Mendes Santos Advogados Associados, este último sendo o escritório de sua esposa. Em 2022, ele assinou um acordo com o Ministério Público, admitindo ter exercido ilegalmente a profissão de advogado.
Fonte: Metro1
Foto: Reprodução/Banco Agro