PIB de Salvador cai de 12º para 14º maior do Brasil; PIB per capita segue o menor entre as capitais do país
Publicado em 19 de dezembro de 2023 às 16:59
O Produto Interno Bruto (PIB) de Salvador teve um crescimento nominal 6,9%, chegando a R$ 62.954 bilhões em 2021, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira (15). Ainda assim, a capital baiana perdeu duas posições no ranking nacional, passando de 12º a 14º maior economia municipal do Brasil.
Salvador foi ultrapassada por Maricá e Niterói, ambas cidades do Rio de Janeiro. Historicamente, o município de São Paulo tem o maior PIB do país e assim se manteve, com R$ 828.980 bilhões em 2021.
Já o PIB per capita da cidade, que é o valor médio agregado por indivíduos, foi estimado em R$ 21.706,06, o que coloca Salvador com o menor índice entre todas as capitais.
O IBGE destaca que a queda de desempenho da economia soteropolitana levou a cidade a ter, de 2020 para 2021, a sexta maior perda de participação no PIB nacional, dentre todos os 5.570 municípios brasileiros.
Indústria em alta, agropecuária em baixa
Apesar do crescimento baixo em comparação com o resto do país, setores específicos como indústria e serviços privados garantiram o avanço nominal em Salvador no ano da avaliação, conforme o IBGE. O valor gerado pela indústria soteropolitana aumentou 10,1% em 2021.
Foi a maior taxa de crescimento do setor desde 2010, interrompendo uma sequência de seis anos de quedas consecutivas. Em números absolutos, a indústria gerou R$ 7.160 bilhões em Salvador, passando a responder por 13,2% do valor bruto total do que foi gerado pelas atividades produtivas.
Os serviços privados, que têm o maior peso na composição do PIB soteropolitano, cresceram 8,2% de 2020 a 2021. O setor representou R$ 38.113 bilhões, marca ainda insuficiente para superar as perdas na área, verificadas entre 2019 e 2020, de -10,4%.
Por outro lado, a agropecuária voltou a apresentar resultado negativo depois de ser o único setor da economia da cidade a crescer entre 2019 e 2020. Na passagem para 2021, a queda ficou em -3,0% em termos nominais, gerando valor de R$ 52.697 milhões.
Já administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social (parte do grande setor de serviços), que até 2020 nunca havia registrado redução nominal do valor gerado em Salvador, teve uma segunda queda consecutiva em 2021: -0,8%, respondendo por R$ 8,893 bilhões.
Apesar disso, a administração pública manteve a segunda maior participação no valor gerado pela economia municipal, representando 16,4% do total, com redução dessa proporção frente a 2020 (quando era de 17,7%).
Fonte: G1 Bahia
Foto: Gilson Abreu/Aen