Justiça decreta prisão de 17 envolvidos em fraudes de R$ 1,4 bilhão, na operação “Overclean”
Publicado em 10 de dezembro de 2024 às 14:15
A Justiça Federal determinou nesta terça-feira (10) a prisão preventiva de 17 pessoas acusadas de integrar um esquema de corrupção que movimentou cerca de R$ 1,4 bilhão em fraudes licitatórias e desvios de recursos públicos. A ação faz parte da Operação Overclean, liderada pela Polícia Federal (PF), Ministério Público Federal (MPF), Receita Federal e Controladoria-Geral da União (CGU).
Entre os alvos da operação estão os empresários Alex Rezende Parente e Fábio Rezende Parente, apontados como líderes do esquema, além do ex-coordenador estadual do DNOCS na Bahia, Lucas Maciel Lobão Vieira, e do empresário conhecido como “Rei do Lixo”, José Marcos de Moura.
O grupo é acusado de fraudar licitações, superfaturar contratos públicos e desviar recursos do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) e outros órgãos. As investigações revelaram que os envolvidos utilizaram máquinas trituradoras para destruir provas, como carimbos, documentos e cotações, em uma tentativa de obstruir a Justiça.
Operação em vários estados
A ação cumpre 43 mandatos de busca e apreensão em cinco estados: Bahia, Goiás, São Paulo, Tocantins e Minas Gerais. Até o momento, 15 pessoas foram presas. Além disso, foram sequestrados R$ 162 milhões, aeronaves, imóveis de luxo, barcos e veículos.
Os envolvidos ocupavam posições estratégicas em municípios baianos como Itapetinga, Jequié e Lauro de Freitas, e em órgãos federais. A PF participa da participação de servidores públicos, empresários e operadores logísticos que facilitam a execução das fraudes.
Entre os favoritos estão:
- Alex Rezende Parente e Fábio Rezende Parente , empresários líderes do esquema.
- José Marcos de Moura , o “Rei do Lixo”.
- Lucas Maciel Lobão Vieira , ex-coordenador do DNOCS na Bahia.
- Ailton Figueiredo Souza Júnior , braço operacional do grupo em Lauro de Freitas.