Médico é retirado do SAMU após denúncias de agressão feitas por ex-companheiras
Publicado em 29 de janeiro de 2025 às 14:23
O médico peruano Luís Gonzalo Velarde Acosta, de 38 anos, foi afastado do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) em Salvador após ser acusado de violência física e psicológica por pelo menos seis ex-companheiras nos últimos 10 anos. Segundo relatos, todas as vítimas são profissionais de saúde, e uma delas é mãe do filho do médico.
De acordo com o portal CNN teve acesso a registros judiciais, queixas registradas na Delegacia da Mulher e relatos de testemunhas que trabalharam com o profissional no SAMU e em um serviço de urgência particular.
De acordo com os documentos, uma das denúncias aponta que Velarde teria xingado uma ex-parceira, chamando-a de “desequilibrada” e “surtada”, além de afirmar que ela era “uma tristeza de mãe”. Em outra acusação, uma mulher conto que foi empurrada na cama, teve o cabelo puxado e foi forçada a vomitar após o fim do relacionamento.
Colegas de trabalho também relataram episódios de agressão, mencionando que o médico teria “quebrado uma ex-namorada na porrada” e se trancado no quarto de descanso com os internos. Alguns profissionais disseram que falaram ao terminar o último plantão ao lado dele.
Diante das acusações, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) decidiu afastá-lo preventivamente, com a suspensão publicada no Diário Oficial do Município no dia 5 de dezembro de 2024. O Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb), que homenageou Velarde em Outubro pelo trabalho voluntário em enchentes no Rio Grande do Sul, afirmou que ainda não recebeu denúncias formais contra ele, mas que tomarão exceções caso isso ocorra.
A defesa do médico negou as acusações, alegando que elas têm o objetivo de manchar sua imagem. Segundo os advogados, apenas uma ex-companheira apresentou denúncia, e a medida protetiva foi respeitada.