Carlos Bolsonaro tem sigilo quebrado em investigação sobre o assassinato de Marielle Franco

Carlos Bolsonaro tem sigilo quebrado em investigação sobre o assassinato de Marielle Franco

O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PL), teve seu sigilo telefônico e telemático quebrado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro no âmbito da investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes.

Carlos Bolsonaro passou a ser investigado pela morte de Marielle por conta de uma discussão com um assessor da vereadora, em maio de 2017, meses antes do homicídio, após este assessor, ao apresentar as dependências da Câmara para amigos, indicar o local em que ficava o gabinete de Carlos como a “ala fascista” do legislativo municipal. O vereador ouviu e os dois começaram a discutir.

Embora a investigação tenha descartado a participação do filho 03 de Bolsonaro no crime, a quebra do sigilo levou a polícia a descobrir uma milhares de contas de e-mail e redes sociais vinculadas a Carlos, bem como sua movimentação política.

Quebra do sigilo e investigação

A quebra de sigilo foi solicitada pelo delegado Daniel Rosa em 2019, autorizada pela Justiça e abrangeu 21 aparelhos celulares e 11 números de telefone em nome de Carlos, além contas no Google e na Apple.

Os policiais encontraram quatro e-mails vinculados a Carlos e, em um deles, uma folha de papel com login e senha de mais de 70 perfis de email, Youtube, redes sociais, blogs, entre outros. Entretanto, como a imagem está borrada, não foi possivel identificar com precisão os perfis.

Ainda de acordo com o relatório da interceptação telefônica, em um dos telefones em de Carlos, mas usado por Thiago Medeiros da Silva, assessor do vereador na Câmara Municipal, foram encontrados diálogos em que ele orienta um homem, identificado como “Magrelo”, a não ir a um evento do Aliança pelo Brasil, partido que Bolsonaro tentou criar.

Denúncia

No início do ano, a Polícia Federal apontou que o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão, e o irmão dele, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido), como os mandantes do crime. O Supremo Tribunal Federal (STF) já tornou os dois réus.

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