Deslizamentos de terra em bairros periféricos escancaram o racismo ambiental

Deslizamentos de terra em bairros periféricos escancaram o racismo ambiental

Após um deslizamento de terra causado pelas chuvas intensas que atingiram a cidade, na última terça-feira (27), cerca de 10 residências desabaram na Saramandaia, bairro de Salvador. A tragédia, que deixou uma pessoa morta e outras três feridas, além de desalojar famílias, trouxe novamente à tona debates sobre a relação entre desastres ambientais e o racismo ambiental, uma realidade enfrentada por comunidades vulneráveis em todo o Brasil.  

O termo “racismo ambiental” descreve a desproporcionalidade com que populações negras e periféricas são impactadas por desastres ambientais e pela falta de infraestrutura urbana. Essa realidade é evidente em locais como Saramandaia, onde a ausência de saneamento básico, urbanização precária e encostas instáveis criam um cenário propício a tragédias.  

De acordo com o vereador e ativista ambiental André Fraga, situações como essa demonstram como a desigualdade socioeconômica e o racismo se entrelaçam nas questões ambientais: “Às comunidades mais afetadas pelo racismo ambiental são as vulneráveis e podemos dizer as que têm menos acesso à cidadania e dignidade, pela falta de saneamento básico, água potável, condições dignas de moradia e segurança.”  

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