Paciente psiquiátrico processa Prefeitura de Salvador após longa espera e passar mal em unidade de saúde
Publicado em 24 de outubro de 2024 às 09:16
Um paciente de Ipiaú, no sudoeste baiano, a 360 km de Salvador, que se desloca mensalmente para receber atendimento médico na capital por conta de uma doença psiquiátrica, entrou com um processo contra a prefeitura soteropolitana e o Estado da Bahia, após esperar horas para ser atendido em uma unidade de saúde e ainda passar mal devido à longa espera.
O transtorno de Personalidade Borderline, caracterizado por um padrão generalizado de instabilidade e hipersensibilidade nos relacionamentos interpessoais, realiza acompanhamento psicológico contínuo e necessita de medicação regular para o controle da condição.
Em agosto, ele foi até a Unidade Básica de Saúde (UBS) Clementino Fraga, na Avenida Centenário, conhecido como 5º Centro de Saúde, para obter uma receita médica atualizada para a continuidade de seu tratamento. Entretanto, precisou esperar quase que o dia inteiro para ser atendido.
À justiça, ele apontou que esse atraso excessivo no atendimento e a falta de assistência adequada configuraram descaso e que não foi assegurado a ele tratamento digno e célere, mesmo sendo portador de necessidades especiais, ressaltando que foi “tratado com total indiferença por aqueles que deveriam cuidar de sua saúde” e que “a falta de cuidado e a demora cruel no atendimento transformaram um simples pedido de auxílio médico em uma prova de resistência física e emocional”.
Como o processo ainda está em fase inicial, ainda não houve apresentação de defesa e nem de esclarecimentos pelo Município de Salvador e pelo Estado da Bahia.
A SESAB, por sua vez, afirmou que “a unidade de saúde em questão é de gestão da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador” e que, por isso, a SMS é a responsável por fornecer os esclarecimentos. Ainda, por se tratar de uma situação que envolve a justiça, sugeriu que a Procuradoria Geral do Estado da Bahia (PGE-BA) fosse questionada.