Ministério Público da Bahia vai investigar irregularidades na Câmara de Vereadores de Santa Maria da Vitória

Ministério Público da Bahia vai investigar irregularidades na Câmara de Vereadores de Santa Maria da Vitória

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) instaurou um procedimento administrativo para investigar possíveis irregularidades nas despesas realizadas pela Câmara de Vereadores de Santa Maria da Vitória. O procedimento foi instaurado pelo promotor de Justiça Jürgen W. Fleischer Jr., tem como foco o contrato nº 07/2021 (Carta Convite nº 02/2021) e envolve, entre outros pontos, gastos com manutenção, aquisição de peças, consumo de combustível e uso de veículos oficiais.

A investigação foi motivada por uma denúncia recebida em fevereiro de 2024, relatando situações como: Altos custos com manutenção de veículos oficiais, incluindo R$ 27.150,00 para peças de um Fiat Palio Attractive e R$ 146.905,00 para uma Toyota Hilux, além de serviços mecânicos no valor de R$ 26.220,00;

Consumo elevado de combustível, com destaque para 19.684 litros de gasolina gastos em menos de 36 meses, totalizando R$ 110.347,46, apesar de o Fiat Palio não estar supostamente a serviço da Câmara; Gastos desproporcionais com uma motocicleta Honda CG/125 FAN, que geraram despesas de R$ 26.515,48 nos últimos três anos, também sem uso comprovado para a Câmara; Possível abastecimento de veículos particulares com recursos públicos; Pagamentos a uma empresa de radiodifusão, somando R$ 15.500,00, sem comprovação de serviços prestados.

Ao MP, a Câmara Municipal justificou que os gastos elevados com manutenção decorrem das más condições das estradas locais, que aumentam o desgaste dos veículos. O órgão também apresentou documentos, como atas de registro de preços e contratos de locação, para embasar os valores. Contudo, segundo o MP, não foram apresentados elementos suficientes para esclarecer questões como o controle de uso dos veículos e a efetiva prestação dos serviços contratados. Além disso, a empresa fornecedora de combustíveis declarou não reconhecer algumas das notas fiscais investigadas, reforçando a necessidade de apuração.

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