Diretor da Agerba é multado após sonegar informações em investigação sobre nova Rodoviária de Salvador
Publicado em 24 de março de 2025 às 08:26
O diretor da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (Agerba), Carlos Henrique de Azevedo Martins, foi multado por sonegar de informações “imprescindíveis” para análise das receitas do fluxo de caixa em uma investigação do Tribunal de Contas do Estado (TCE-BA), sobre o edital de concessão da nova Rodoviária de Salvador.
O equipamento, que está sendo erguido no bairro de Águas Claras, em Salvador, foi tema da última edição do BNews Premium — que revelou uma série de irregularidades que vão desde a elaboração do edital até a execução das obras, que acumulam atrasos e até abandono por parte de uma das empresas.
A multa aplicada a Carlos Henrique foi de R$ 2 mil. O diretor da Agerba foi nomeado em 2019 pelo então governador da Bahia, Rui Costa (PT) — hoje ministro da Casa Civil. Ele é irmão do senador Angelo Coronel (PSD) e, na época, substituiu Eduardo Pessoa no comando da Agerba, que também sofreu multas do TCE.
Documentos apontam que, durante a investigação sobre a concessão da nova Rodoviária de Salvador, a Agerba teria cometido uma série de “manobras” para atrapalhar intencionalmente a auditoria que ocorreu entre 2019 e 2024 — e foi encerrada mesmo sem ter avançado substancialmente.
O foco da auditoria do TCE, que durou mais de 5 anos, foi o projeto de concessão do novo terminal. A Corte queria analisar as receitas obtidas entre 2015 e 2019 pela Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico (Sinart), administradora da atual rodoviária e vencedora da concessão do novo equipamento.