Entenda como atua a facção alvo de operação policial deflagrada no Complexo Nordeste de Amaralina

As forças policiais ocupam diversas áreas do Complexo Nordeste de Amaralina, em Salvador, desde as primeiras horas desta quinta-feira (31). A ação ocorre no âmbito da Operação Rota Segura, deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado na Bahia (FICCO/BA), composta pela Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Civil (PC) e Polícia Militar (PM). 

Segundo a PF, as forças policiais pretendem cumprir sete ordens judiciais contra integrantes da violenta organização criminosa Comando Vermelho (CV), atuante na região. Até o momento, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão. 

De acordo com a PF, as investigações apontam que integrantes da facção criminosa estão organizando e atuando diretamente em ataques violentos a outros bairros da capital baiana. Os “bondes” são formados por diversos homens fortemente armados que promovem o terror por onde passam. Apuração policial indicou também que da localidade do Complexo de Amaralina saem carros roubados e armas para serem utilizados nos ataques. 

A Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), que também integra a operação, informou que um suspeito apontado como responsável pela logística de armas para o bonde da facção criminosa, Luís Fernando Umbelino dos Santos, conhecido como Tonelada, de 31 anos, morreu após troca de tiros com a polícia nesta manhã. A pasta informou ainda a prisão de dois supostos traficantes, um deles famoso por exibir armas nas redes sociais e outro envolvido com mortes e ataques contra policiais.

A atuação do Comando Vermelho na Bahia, especialmente na capital baiana, tem gerado preocupações entre as forças de segurança e moradores, por causa de disputas violentas por pontos de tráfico de drogas e confrontos com a polícia.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública formou um grupo para concentrar esforços no combate à facção, visando minar sua estrutura financeira e mapear o fluxo econômico, com foco no contrabando de armas.

As medidas, anunciadas pelo secretário nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo, e pelo secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor César Santos, incluem o reforço do rastreamento das rotas de tráfico e a integração das forças de segurança em nível federal e estadual para fortalecer a investigação.