Mãe de adolescente com espectro autista se revolta com escola na Bahia

Mãe de adolescente com espectro autista se revolta com escola na Bahia

A mãe de um adolescente de 14 anos, com espectro autista, se revoltou depois que a escola onde o filho estuda, na cidade de Feira de Santana, a 100 km de Salvador, proibiu o garoto de levar o próprio lanche. O menino tem seletividade alimentar, comum entre pessoas com autismo, que rejeitam muitos alimentos por causa do cheiro e da textura.

Segundo a família do adolescente, desde que ingressou na escola, no começo do ano, o adolescente não recebeu o Plano de Educação Individual, o (PEI), direcionado a alunos especiais.

Mesmo tendo apresentado toda a documentação de um neurologista, explicando que o filho, pelo espectro autista, tem uma seletividade alimentar, ele foi proibido de comer o lanche que levava de casa junto dos colegas.

“Quando ia buscar ele na escola, percebi que ele estava com a mão fria, dor de cabeça, muito enjoado. Comecei a perguntar o que estava acontecendo e ele dizia que não tinha comido o lanche, porque estava sem fome. Aquilo me incomodou, porque conheço meu filho”, disse a mãe do garoto, Jandira Carla Oliveira.

“Um dia insisti com ele: ‘Filho, sou sua amiga e preciso saber o que está acontecendo’. Aí ele trouxe: ‘Mãe, não estou comendo, porque a funcionária da escola me disse que era para guardar meu lanche e que a partir daquele dia, eu estava proibido de me alimentar”, afirmou a mãe do adolescente.

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