Pai de suspeito de matar delegada na Bahia foi desligado de hospital após ajudar o filho
Publicado em 14 de agosto de 2024 às 10:54
O médico Arylton Feliciano de Arruda, pai de Tancredo Neves, suspeito de matar da delegada Patrícia Neves Jackes Aires, foi desligado de um hospital localizado em Euclides da Cunha, no interior da Bahia, por utilizar a unidade de saúde para estágio irregular do filho, sem consentimento do estabelecimento, em 2022.
Em comunicado oficial, a assessoria do Hospital Português de Euclides da Cunha informou que o médico foi desligado imediatamente após a administração tomar conhecimento do incidente. No entanto, a nota não especifica os dados exatos da missão.
O hospital ressaltou que a atuação médica na instituição exige a apresentação prévia de documentos cadastrais e a aprovação do progresso médico.
Conforme denúncias, há registros médicos na unidade com assinatura de Arylton Feliciano de Arruda, relativos aos atendimentos realizados nos dias 15 e 16 de outubro de 2022.
Uma mulher, que registrou um Boletim de Ocorrência, relatou que, embora a prescrição médica estivesse carimbada e assinada por Arylton, o atendimento foi realizado por outra pessoa, cuja identidade ainda não foi esclarecida.
Por meio de nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) informou que não há médico registrado com o nome de Tancredo Neves Lacerda Feliciano de Arruda.
O Cremeb também disse que, até terça-feira, não há nenhum processo sobre a conduta de Arylton Feliciano de Arruda, pai de Tancredo, no conselho.
No entanto, o conselho informou que vai investigar as responsabilidades de quem contratou os serviços do Tancredo Neves sem que ele fosse médico.
De acordo com dados que constam no site do Conselho Federal de Medicina, o médico Arylton Feliciano de Arruda se inscreveu no Cremeb em 1975 e não possui especialidade médica registrada.