Equador elimina México e pega Argentina nas quartas da Copa América
Publicado em 1 de julho de 2024 às 09:41
O Equador avançou neste domingo, 30, às quartas de final da Copa América-2024 ao empatar em 0 a 0 com o México no encerramento do Grupo B, resultado que aprofunda a crise do ‘Tri’ a dois anos da Copa do Mundo que vai organizar com Estados Unidos e Canadá.
Com 4 pontos, os equatorianos terminaram na segunda colocação de sua chave, liderada pela Venezuela (que fez uma campanha 100%), e vão duelar por uma vaga nas semifinais com a campeã mundial, a Argentina de Lionel Messi, na quinta-feira, em Houston, no Texas.
Comandado pelo técnico espanhol Félix Sánchez, o Equador manteve o empate diante de um limitado ataque mexicano, que se despediu com apenas uma vitória e na terceira colocação, com os mesmos pontos do adversário, mas pior saldo de gols (+1 contra 0). A Jamaica (0) terminou em último.
A eliminação dos ‘aztecas’ pressiona ainda mais o técnico Jaime Lozano, muito questionado pelos fracos resultados e pelo futebol decepcionante de um México que busca se renovar para a Copa de 2026.
O México tentou cumprir a promessa feita antes do jogo: entrar para “vencer ou morrer”. Para evitar críticas de seus exigentes torcedores, entrou com tudo no campo do State Farm Stadium, onde quase todos os assentos (62.526) estavam ocupados.
Promessa não cumprida
Sem conseguir testar Alexander Domínguez, o México pressionou a defesa equatoriana, que suportou estoicamente os primeiros dez minutos de uma ataque obstinado, que ganhou energia com a entrada do atacante César Huerta, mas ainda carente de poder de fogo.
O Equador resistiu diante das tentativas do México, que desacelerou e o apoio da torcida nas arquibancadas acabou esfriando.
O camisa 10 Kendry Páez, contratado pelo Chelsea, equilibrou a balança ditando o ritmo equatoriano, apoiado pela combatividade do capitão Enner Valencia, de volta depois de cumprir sanção na vitória sobre a Jamaica (3-1) na quarta-feira em Las Vegas.
Do pé esquerdo do meio-campista de 17 anos, que mostrou personalidade apesar de ser o jogador mais jovem da competição, veio a única jogada perigosa no primeiro tempo numa partida que foi perdendo intensidade com o passar dos minutos: uma cobrança de falta fechada (19′) que fez Julio González voar.
Final tenso
O México sentiu falta de jogadores criativos e que desequilibram, além de um centroavante eficiente, já que Santiago Giménez, um de seus rostos conhecidos na Europa, se despediu com uma sequência de doze partidas internacionais consecutivas sem marcar.
O atacante do Feyenoord quase acabou com o jejum de cabeça após um escanteio cobrado por Luis Chávez, em lance que animou ‘El Tri’ que no início do segundo tempo foi presa fácil para a compacta defesa equatoriana.
A cabeçada foi seguida por uma bomba de pé direito de Julián Quiñones (65′) que fez Domínguez voar pela primeira vez, lance que foi respondido pelos equatorianos com outra cabeçada de Valencia (68′), defendida por González.
Com os ‘aztecas’ pressionando, Sánchez optou por tirar o inoperante Páez e colocar Alan Minda, apostando nos ataques em velocidade pelas pontas.
A entrada de Minda quase não foi sentida na área de González, que ficou plantado perto do meio-campo durante grande parte do segundo tempo devido à forte presença de jogadores mexicanos no campo tricolor.
O México, que terminou com cinco jogadores no ataque, ficou à beira do êxtase quando o juiz guatemalteco Mario Escobar apitou pênalti por suposta falta do zagueiro Félix Torres sobre Guillermo Martínez, aos 97 minutos.
Mas após a consulta ao VAR, ele anulou a decisão para alegria de todo o Equador.