STF retira sigilo de decisão que prendeu Braga Netto por tentativa de golpe de estado

STF retira sigilo de decisão que prendeu Braga Netto por tentativa de golpe de estado

O Supremo Tribunal Federal (STF) tirou o sigilo da decisão que prendeu o general Walter Souza Braga Netto, ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL) e candidato a vice na chapa do ex-presidente em 2022. A decisão, assinada na última terça-feira (10), foi cumprida neste sábado (14) por conta da tramitação sigilosa da ação. A Polícia Federal cumpriu mandados judiciais expedidos pela Suprema Corte, após autorização do ministro Alexandre de Moraes. Ele, que é relator da ação, também autorizou busca e apreensão em relação a Braga Netto e ao coronel Flávio Botelho Peregrino, assessor do general.

A operação é realizada no âmbito do inquérito que apurou a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito em 2022.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) foi favorável à prisão preventiva do general Braga Netto. A manifestação também foi divulgada pelo STF. Sobre Braga Netto, de acordo com a PF, os “fortes e robustos elementos de prova” que demonstram a participação ativa do general na tentativa de pressão aos comandantes das Forças Armadas para aderirem à tentativa de golpe.

Ainda segundo os investigadores, o general também teria atuado para obter informações sobre a delação premiada de Mauro Cid e na obtenção e entrega de recursos financeiros para execução de monitoramento de alvos e planejamento de sequestros e, possivelmente, homicídios de autoridades.

Ao analisar pedido da PF, Moraes apontou que as investigações da operação Contragolpe e depoimentos do colaborador Mauro Cid “revelaram a gravíssima participação de Walter Souza Braga Netto nos fatos investigados, em verdadeiro papel de liderança, organização e financiamento, além de demostrar relevantes indícios de que o representado atuou, reiteradamente, para embaraçar as investigações”.

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