Botafogo ressignifica palco e fica a um ponto do título Brasileiro

Botafogo ressignifica palco e fica a um ponto do título Brasileiro

A vida muitas vezes escreve páginas mais épicas do que os mais competentes roteiristas. Para o Botafogo, nada poderia ser mais poético e épico do que se aproximar do título do Campeonato Brasileiro justamente no palco em que encampou a melancolia e a frustração um ano antes: o Beira-Rio.

Foi a vitória sobre o Internacional por 1 a 0, com gol de Savarino, que fez o Alvinegro colocar uma mão no terceiro Brasileirão. Foi lá também que o time que teve 13 pontos de vantagem no ano anterior disputou a última rodada já sem aspirações de título.

O futebol, como a vida, sempre dá segundas chances. Cabe aos resilientes esperar e aproveitar quando elas aparecem. E quem é mais resiliente que o botafoguense no futebol brasileiro?!

O clube que resistiu a 21 anos sem título, que sobreviveu através de rebaixamentos e se reergueu, almejou, sonhou e tateou um título nacional após 28 anos, apenas para deixar escapar pelas mãos. Mas nada disso importa. Só o Botafogo. Enquanto ele estiver, eles estarão lá.

Assim como em 89, a espera acabou. A Glória chegou no continente com a conquista da Libertadores. Mas falta algo. Falta o Brasileirão. Para isso, bastava que os botafoguenses pontuassem mais do que o Palmeiras, em campo no mesmo horário contra o Cruzeiro. Mas isso não aconteceu.

Mais importante do que jogar bem ou não, o importante era vencer. Especialmente pela dificuldade que seria imprimir o ritmo que normalmente faz, considerando que o time jogou uma final com um a menos por 90 minutos no último sábado e comemorou a conquista com a torcida no domingo.

O que se viu em campo foi justamente um time que teve dificuldade de se impor como naturalmente faz. Não que tenha jogado mal, teve intensidade na marcação e se desdobrou como pode, mas faltava vigor. Porém isso era segundo plano. O foco era ganhar como desse, e foi o que conseguiram.

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